sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Tapete Vermelho



  
   Sei que a festa foi boa! Você comeu e bebeu do bom e do melhor!
   Conheceu gente nova, dançou, se emebebedou e não parou nem ao raiar do sol.
   Ahh!!! Que lembranças ótimas tenho daquela festa! Quanta gente! Quantos encontros! Quantas alegrias!
   Eu vi você dançar, como quem flutuava em toda aquela novidade!
   Eu vi você sorrir, como nunca tinha visto ninguém sorrir antes!
   Nunca mais esquecerei das músicas daquela festa! 
   Ainda ouço cada som, cada nota, como se ainda estivesse lá.
   Não existiu outro lugar para se fazer tal festa como aquele!
   Quanta beleza, Quanta natureza! Quanta luz tinha lá.
   Mas como toda festa, essa também uma hora acabou.
   Como em toda festa eu fui o ultimo a sair do salão!
   Por que eu, em toda essa festança, fui apenas o seu tapete!
   Mas eu tenho certeza que não fui qualquer tapete!
   Eu fui o seu, apenas seu! Eu fui o seu tapete vermelho!
   E agora sim eu também me lembro da elegância de como você passou por mim.
   Não tinha ninguém mais exuberante do que você naquela festa, ninguém!
   Nenhuma pisada, nenhuma pegada doeu em mim! Tapete não sente dor.
   Tapete, só por que é tapete não deixa de ser elegante. 
   Ainda bem, que eu te servi como deveria.
   Exuberante como só vendo! Mas sem me esquecer de ser tapete.
   Mas agora a festa acabou, quem sabe algum dia nos encontraremos,
   em um mundo mais verdadeiro, onde eu mesmo com as qualidades de tapete,
   receba o devido valor que os seres e as coisas devem ter!