sexta-feira, 1 de maio de 2009

A Hora Certa.

Leio um livro de páginas em branco.
Sem desenhos,
rabiscos
ou pontos.
Que começa na partida
e termina na chegada.
Que reconhece o dia
como uma noite clara,
e a melancolia
como uma morte viva.
E sem tristezas,
junto o que restou de poesia.
No teu lixo,
em tuas latas,
nas garrafas que esvaziamos no prazer
e esquecemos na ansiedade,
de querer mais...
Não devo olhar pra trás.
Que levem meu passado como entulho,
num belo embrulho,
de laços transparentes.
Estou contente.
Com minhas mãos vazias
e meu sorriso sem ironia.
Apenas me esqueço dos ponteiros,
pra reconhecer a hora certa.

Cristian Ribas

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