sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Diário de Bordo



Há um ano e meio, tivemos a feliz oportunidade de compartilhar entre nós, a idéia de reunir o potencial cultural de Pedralva em um só evento. Muitos foram os dias de conversas e idéias disparadas, até que então, em Outubro do ano passado conseguimos reunir cada potencial vivo de cultura que temos na cidade de Pedralva, e claro, que ali não estavam todos. A experiência primeira foi uma surpresa orgulhosa. Não encontramos se quer alguma oposição quanto aos convites feitos aos artistas daquele ano da primeira mostra cultural; a prontidão foi imediata e todos se tornaram voluntários da idéia. Tenho certeza que todos que estiveram lá no ano passado se identificaram de alguma forma, e se viram “Peralvenses” com razão. Claro que nem todo céu é azul, que tropeços existem. Encontrar apoio de quem não conhece o potencial cultural que temos, foi um trabalho árduo em que de alguma forma foi positivo.
Foi fato que ao final do evento, a segunda mostra cultural aconteceria no ano próximo, e que faríamos da primeira a nossa inspiração para realizar a segunda. Durante o ano todo idéias corriam entre telefonemas, e-mails e conversas com encontros acompanhados de muita música e entusiasmo.
Conseguimos então o apoio de mais pessoas que conhecem o valor de um povo que tem cultura, felizes fomos quando encontramos o apoio do Grupo Excursionista Pedra Banca, Duda, Paula Abreu, Caio e de Mônica Bustamante. Não podemos esquecer nunca da riqueza que foi contar com a colaboração do pessoal que se aventura e se arrisca a fazer cinema em Pedralva, mas que sempre nos fazem orgulhosos Pedralvenses sentados em frente à “telona”.
            Estar ali, presenciando e vivenciando a movimentação e mobilização de pessoas na produção da segunda mostra cultural, é uma emoção única ao exagero de quem não sente. Cada um com sua contribuição, cada um com o seu voluntariado, e cada um com a sua bagagem cultural, dividindo e compartilhando pra fazermos um só resultado: Mostrar a cultura do nosso povo. O Clube recreativo naquelas datas se tornou um lugar de festa e um lugar rico, muito rico no que se refere à cultura, união, e boa vontade. Todos iam chegando para ensaios, preparos, ajuste de som, exposição de artesanato, decoração, tudo em detalhes, tudo com a preocupação de quem quer fazer da sua cultura o seu orgulho. Não temos aqui e nem teríamos em nenhum lugar, linhas suficientes para agradecer a todos que de alguma forma contribuíram com a nossa “substancial” Mostra Cultural. E diante das dificuldades de se produzir um evento com tamanha importância, praticamente sem incentivo financeiro e de órgãos competentes a isso, é sim de muito orgulho ser pedralvense, quando em uma mostra cultural, descobrimos que somos “venturados” de poetas, músicos, pintores, artesãos, atores, compositores, cantores, contadores de história, cineastas, pessoas que tem como áurea a arte em si, que nos fazem curiosos à saber de onde vem a inspiração, que é com certeza a terra que nos tornamos natos e que nela podemos assistir a essência de um povo.
  Um apêndice: Significado etimológico de “cultura”: vem do verbo “cólere”, de que deriva “cultura”, exprime a idéia de “amanhar, cuidar, revolver” a terra, fertilizando-a semeando a boa semente para que produza mais e melhor.

                                                                                                     Com Gratidão,
                                                                                                     João César Silva e Rafael Fernandes.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Tapete Vermelho



  
   Sei que a festa foi boa! Você comeu e bebeu do bom e do melhor!
   Conheceu gente nova, dançou, se emebebedou e não parou nem ao raiar do sol.
   Ahh!!! Que lembranças ótimas tenho daquela festa! Quanta gente! Quantos encontros! Quantas alegrias!
   Eu vi você dançar, como quem flutuava em toda aquela novidade!
   Eu vi você sorrir, como nunca tinha visto ninguém sorrir antes!
   Nunca mais esquecerei das músicas daquela festa! 
   Ainda ouço cada som, cada nota, como se ainda estivesse lá.
   Não existiu outro lugar para se fazer tal festa como aquele!
   Quanta beleza, Quanta natureza! Quanta luz tinha lá.
   Mas como toda festa, essa também uma hora acabou.
   Como em toda festa eu fui o ultimo a sair do salão!
   Por que eu, em toda essa festança, fui apenas o seu tapete!
   Mas eu tenho certeza que não fui qualquer tapete!
   Eu fui o seu, apenas seu! Eu fui o seu tapete vermelho!
   E agora sim eu também me lembro da elegância de como você passou por mim.
   Não tinha ninguém mais exuberante do que você naquela festa, ninguém!
   Nenhuma pisada, nenhuma pegada doeu em mim! Tapete não sente dor.
   Tapete, só por que é tapete não deixa de ser elegante. 
   Ainda bem, que eu te servi como deveria.
   Exuberante como só vendo! Mas sem me esquecer de ser tapete.
   Mas agora a festa acabou, quem sabe algum dia nos encontraremos,
   em um mundo mais verdadeiro, onde eu mesmo com as qualidades de tapete,
   receba o devido valor que os seres e as coisas devem ter!
  
  
  
  
  
  

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A roda


A roda foi o apleido que dei hoje para a vida.
Pensar multiplas qualidades da roda,
pode-se pensar multiplas comparações à vida!
a rotação as vezes é muito alta,
a velocidade leva a vida que leva a intensidade,
roda pra cá, roda pra lá
roda furada, vida murcha!
roda até ficar tonto,
vida até ficar louco!
roda,roda, roda gigante!
vida, vida, vida elegante!
Qundo se vê, sai um pedaço da roda! 
fica pelo caminho, vai ficando longe à vista do homem,
que sobre a roda segue seu caminho!
Quando se vê, sai um pedaço da vida!
fica pelo caminho, vai ficando longe à vista do homem,
que sobre a vida segue seu caminho!
a roda, um círculo.
a vida, um cíclo.
sobre a roda, tudo vai depressa,
sobre a vida tudo vai intenso.
mas a roda pode voltar, rodando ao contrário,
a vida não! a vida roda sem volta,
passa o chão e não passa mais,
passa o coração e não tem atrás,
passa o tempo, passa a roda, passa a vida,
vai rodando, rodando, um dia quem sabe no mesmo caminho
mas o homem que roda sobre a vida hoje, segue sozinho.

24/04/2010

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sorrir quando a dor te torturar, e saudades atormentar!

    Sabe o que é?  É que o tempo passou mais do que depressa pela minha vista, e ainda por cima eu estava olhando pra outro lugar, que não e nem nunca era o lugar do chão. Não adianta justificar, nem adianta nada, nenhuma palavra aqui vai rimar. A rima agora é outra, na verdade nem tem rima, nem tem tempo que se caiba alguma rima.
    Dentro, bem lá dentro talvez você demorou o tal de tempo para ver o que tinha, e será que tinha? Depois do passar do tempo, não tinha nada.
E aí do nada, quando vê, se tem tudo, tanto que mais fico parecendo um malabarista aprendiz de número com três bolas. Na verdade estou começando a treinar com laranjas, por que se eu usar bolas de vidro, não sobrará nenhum caco. Joga uma, joga outra, vem a terceira, caem todas! Mas eu não desanimo, cato todas e tento de novo! A vida é assim não é? Chega agora de metáforas!  
    Meta as mãos na boca, quando ela quiser falar mais do que deve! Meta é o que tenho que ter nessa vida desalinhada. Meta os pés pelas mãos, mas eu esqueci de saber que os pés são pés e as mãos são mãos! Que pena! Não adianta lamentar.